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12/09/2012

Lord Monckton – : alarmismo quer perda da razão para impor ditadura vermelha



Lord Monckton: alarmismo quer perda da razão
para fazer uma ditadura
Continuação do post anterior

Catolicismo — O aquecimento global tem alguma base na ciência?

Lord Monckton — Sim. Por exemplo, é verdade que se você adicionar CO2 à atmosfera ele irá, no simples espectro infravermelho, interferir com a radiação que sai à superfície da Terra, a qual se encontra quase inteiramente no próximo infravermelho, ou atinge seus ápices no próximo infravermelho, chegando muito próximo da área de absorção do CO2.

Assim, se você adicionar CO2 a uma atmosfera como a nossa, obterá um aquecimento global.

E devemos agradecer a Deus por tal fato, pois do contrário este planeta estaria gelado.

E é graças ao fato de existir na atmosfera CO2, vapor d’água, um pouco de metano e outro tanto de óxido de nitro e ozônio, que somos um planeta quente, apesar de nossa grande distância do sol.

Portanto, se aumentarmos a concentração de dióxido de carbono, digamos, duplicando-o no próximo século e meio, o que é grosso modo o que acontecerá independentemente do que eles estão dizendo nessas conferências, então se poderia talvez esperar um grau Celsius de aquecimento global.

Isto é um problema?

Não, porque a temperatura atual é de dois ou três graus Celsius abaixo da média dos últimos 750 milhões de anos (tanto quanto os cientistas conseguem ver, e ainda há incertezas).

Você é jovem demais para lembrar-se, mas de modo geral, ela tem sido cerca de três a quatro graus Celsius acima da temperatura de hoje, e só flutua a oito graus Celsius, ou 3% de cada lado na escala da temperatura média, e no momento ainda estamos um pouco abaixo desta.

Portanto, caso ela subisse um ou mesmo dois ou três graus Celsius, certamente não causaria muito dano.

Mas não creio que veremos esse excesso de calor. Creio que teremos uma duplicação de um grau Celsius, o que não ocorrerá antes de 150 anos, apesar de existirem outros gases estufa que darão alguma contribuição.

Lord Monckton: derretimento da calota polar ártica nada tem de relevante
Lord Monckton: derretimento da calota polar ártica nada tem de relevante
Minha estimativa é que veremos no próximo século o aquecimento de apenas 1.2 grau Celsius, 1.5 no máximo, como resultado das atividades humanas.

Isto constitui um problema? Francamente, não.

Catolicismo — As calotas polares estão derretendo? E a elevação do nível dos oceanos é resultado disso?

Lord Monckton — Este é um dos muitos pontos a cujo respeito eles gostam de agitar histórias assustadoras.

Os satélites começaram a medir a extensão do gelo marítimo em ambos os polos em 1979. Houve um pico na extensão deste gelo no século passado. E no Polo Norte houve uma perda definida e muito considerável em torno de 10 a 15% naquele período de 30 anos.

Mas isso foi provocado, não inteiramente, mas quase, por um crescimento do gelo marítimo na Antártica, de maneira que na realidade a massa global do gelo marítimo não mudou muito nos últimos 33 anos.

Houve um pequeno declínio nos últimos anos, mas nada realmente de relevante, nada além do que poderíamos ver como uma variação natural do clima.

Há duas grandes massas de gelo na Terra. Uma é a Antártica, onde se encontram 90% do gelo do mundo, e a outra é a Groenlândia, com 5%.

Agora, a Antártica tem esfriado nos últimos 30 anos, desde que os satélites começaram a supervisionar, e, portanto, verificou-se ali uma substancial acumulação de gelo.

Na Groenlândia a história foi diferente. Nos 12 anos entre 1992 e 2003 houve um visível crescimento de cerca de dois pés [cerca de 61 cm] na média total de espessura do gelo marítimo, com exceção das faixas da orla. E entre 2003 e em 2008, cerca de três polegadas desse crescimento, ou seja, mais ou menos um quarto, voltou aos oceanos.

Polo Norte: derretimento de geleiras teria efeito planetário imperceptível
Polo Norte: derretimento de geleiras teria efeito planetário pouco perceptível
Um relatório de 2009 dizia que cerca de 273 bilhões de toneladas tinham sido despejadas no mar desde 2003.

Fiz um cálculo disso baseado no volume de gelo e de sua conhecida gravidade específica, e verifiquei que aqueles 273 bilhões de toneladas, mesmo que não fossem simples gelo voltando ao mar, que se tinham acumulado lá na década anterior, teriam apenas ocasionado uma elevação de 0.7 mm ao nível do mar.

Isso ilustra um ponto bastante interessante: o devido senso de proporções que se deve manter ao considerar questões científicas. 273 bilhões de toneladas parecem muito, mas se as pessoas se derem conta de que se as derretermos e ratearmos nos vastos oceanos que cobrem 71% do planeta, na realidade não representam muito.

Meu objetivo principal tem sido fazer com que esse devido senso de proporções retorne ao debate científico e econômico sobre mudanças climáticas.

Não quero que se perca a idade da razão, o uso da razão, para chegar a conclusões científicas. Se perdermos isso, perderemos o Ocidente.

E se perdermos nossa capacidade de raciocinar, perderemos um dos três grandes pilares, ou uma das grandes potências da alma, como são chamadas na teologia católica tradicional.

De onde os três poderes de Deus todo-poderoso: o poder criador, o poder conservador e o poder concorrente; os três poderes da alma, a memória, o entendimento e a vontade.

Lord Monckton: alarmismos e pânicos
favorecem a perda da razão
O entendimento, o uso da razão é o que mais nos separa do resto da criação visível e mais proximamente nos une a Deus.

Se perdermos o uso da razão, perderemos nossa humanidade e também nossa ligação com Deus, duas perdas profundamente indesejáveis.

Catolicismo — Este é um ponto interessante. Ligado a isso, como os ambientalistas utilizam o medo para promover sua causa? Olhando para o movimento ambientalista, vê-se que há muito medo, ansiedade e trepidação.

Segundo muitos de seus líderes, caso não se faça algo, vai acontecer um apocalipse, etc. O senhor teria bons exemplos disso?

Lord Monckton — Bem, o medo tem sido usado desde os druidas, não é? Caso se queira obter apoio para uma classe governante que não tenha outro pretexto, o medo é um método muito bom para atrair grandes somas de dinheiro dos cidadãos do mundo.

Isso tem se dado ao longo da História. E está sendo empreendido agora, desta feita pela esquerda sob a aparência de movimento ambientalista.

Como é que eles conseguem fazer isso impunemente?

Eles o fazem porque o nível de educação científica e racional tem sido em geral tão abissalmente pobre, que conheço muitas escolas no meu País, o Reino Unido, com certeza no setor público, que dão cursos sobre como pensar.

Portanto, não se ensina à vasta maioria da população a noção de que o “consenso” a respeito do clima ou de qualquer outra coisa corresponde à falácia aristotélica do argumentum ad populum, como os escolásticos medievais a chamariam mais tarde, o argumento por contagem de cabeça.

Bem, isso não é um argumento racional.

Simplesmente porque foi dito que existe um consenso a respeito de algo não significa que ele exista, e ainda que existisse, não significa que o assunto a cujo respeito se faz o consenso é verdadeiro. Não significa nada.

E então eles alegam: “Oh, há um consenso dos especialistas!”

Bem, então se entra em outra falácia aristotélica lógica que é o argumento de autoridade, o argumento de reputação — o argumentum ad verecundiam, em latim —, que é também uma desgastada falácia lógica.

E se as pessoas fossem devidamente instruídas na escola quanto ao devido uso da lógica e da razão, então o medo diminuiria muito, pois quem quisesse causar medo não teria êxito, porquanto suas vítimas seriam treinadas para resistir exatamente a esse tipo de conversa fiada.

Voltamos então a algo que se costumava outrora tentar instilar e que era uma educação voltada precisamente para premunir os alunos contra alegadas tentativas de classes governantes e de seus aliados de induzir ao pânico simplesmente para dizer que o fariam desaparecer se lhes dessem dinheiro.

Continua no próximo post

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