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29/03/2012

Esta conta não fecha?

Na verdade o que esta por trás do festival da tilápia promovido pela Bahia Pesca, empresa vinculada à Seagri e ao Governo do Estado, em parceria com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), não tem uma lógica!, não passa de uma peça de um grande jogo de marketing político para ganhar espaço na mídia. Se há uma demanda reprimida de pescados o que temos que estimular é a produção com alternativas de custos mais baixos para estimular mais os produtores e não os consumidores. Geralmente promovemos festivais quando há uma grande produção e que precisamos conquistar o mercado o que não vem ao caso. Hoje a produção de tilápia tem um custo/beneficio com uma margem irrisória de lucro em função do elevado preço dos insumos,desestimulando os médios e grandes produtores,deixando o encargo para os agricultores familiares que tem uma produção pequena para sustentar sua família e vendendo o pequeno excedente.
O que realmente a Bahia Pesca deveria buscar, junto a outras instituições era baixar os custos das rações e ao invés de distribuir alevinos, deveria distribuir o alevinão (dois meses) para diminuir os custos do agricultor familiar.
Pesca
O Brasil apesar de ter um litoral com mais de 1800 Km, um vasto oceano onde não se pratica a pesca profissional, inclusive abrindo espaço para que outros países como o Japão e Noruega entre em nosso oceano para pescar. A pesca é artesanal e precária. Se o governo se preocupasse em investir em embarcações apropriadas, certamente teríamos mais profissionais empregados e um peixe na mesa com um custo mais barato.
Piscicultura
Por outro lado ainda temos um grande potencial na piscicultura continental com rios ,lagos e açudes . E através da criação em tanque rede há ainda a expectativa que depende diretamente do custo/beneficio na produção. Dentre as diversas espécies de peixes cultivadas no país, devemos destacar as tilápias, devido aos sistemas de criação adotados na sua produção, permitindo elevada produtividade, quando comparada com outras. Sem dúvida, a tilápia tem grande sucesso em termos de facilidade de criação e de lucratividade. Esse peixe, por ter carne de sabor agradável, possui a maior demanda de mercado do ramo. Criar tilápias é um bom negócio, pela facilidade de manejo, curto ciclo, baixo custo de produção e grande aceitação no mercado. Nessa criação, o processo de produção em alta densidade e os tanques-rede são os mais utilizados
Demanda
Atualmente, em todo o mundo, e no Brasil não é diferente existe uma grande demanda por peixes, assim, a cada dia que passa, ficam mais escassos, pois a exploração dos recursos naturais está cada vez mais restrita. Entretanto, essa desigualdade vem gerando uma forma alternativa de se produzir sem agredir o meio ambiente. Segundo estimativas da FAO – Fundação das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação, a atual produção de peixes pela aquicultura deverá ser dobrada nos próximos quinze anos, para atender a demanda de mercado.
Potencial
O mercado para peixes cultivados dessa forma é um segmento que está em plena expansão, uma vez que oferece várias maneiras para o produtor comercializar sua produção (hotéis, restaurantes, mercados, supermercados e exportação), aliada à alta qualidade e ao valor nutritivo da carne. Tudo isso permite que novos produtores possam ingressar na atividade, sem que isso resulte em queda no preço da carne de peixe.
A grande questão
As tilápias são abatidas com peso que varia entre 550 a 600 gramas. É o momento em que proporcionam a melhor relação custo/benefício para o piscicultor. Resultam, de cada uma delas, dois filés com, aproximadamente, 100 gramas cada um, o suficiente para a refeição de um adulto.
Os peixes criados em cativeiro se alimentam de rações especialmente fabricadas para eles. Rações que têm como base a soja e o milho. A esta ração são acrescentados elementos como farinha de peixe (rica em proteínas), farelo de trigo, vitaminas A, B1, B2, B6, C, D, E, cálcio, sódio, ferro, cobre, zinco e outros nutrientes. Não são usados hormônios e antibióticos nas fórmulas das rações para peixe.
Os peixes criados em cativeiro são tratados quase como crianças. Têm hora certa e tipos específicos de alimentação. Recebem comida quatro ou cinco vezes por dia, das primeiras horas da manhã até as 10 horas da noite. Os mais jovens consomem rações que têm até 42% de proteína animal. Os adultos, na fase de engorda, consomem rações com 28% de proteína.
 Para alcançar o peso comercialmente interessante, o peixe de cativeiro tem de apresentar uma boa taxa de conversão alimentar, isto é, procura-se produzir um quilo de carne de peixe, no caso das tilápias, com a utilização de até 1,8 quilo de ração.
No cativeiro, o peixe come, diariamente, cerca de dois a três por cento do seu peso. Alimentado assim, ele engorda na mesma proporção: dois a três por cento do seu peso, diariamente. Hoje o produtor consegue fazer uma tilápia com 550 a 600 gramas, pronta para o abate, num espaço de 140 a 150 dias.
Para obter um quilo de filé de tilápia, o produtor precisa de, praticamente, três quilos de peixe vivo. O rendimento de uma boa tilápia chega a 33% de filé, considerado o peso total do peixe.

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"Há hoje em curso um movimento orquestrado pelo egoísmo onde grandes empresas nacionais e estrangeiras, somam grandes áreas, expulsando aos poucos, os pequenos produtores familiares, através da aparente legalização da compra de terras. E não é só no mundo do agronegócio mas também no imobiliário litorâneo."