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17/01/2012

CLEBINHO: “ITACARÉ E ILHÉUS SERÃO O MELHOR DESTINO DO NORDESTE PARA UM TURISMO INTELIGENTE"


Cleber Isaac Soares (Foto Ed Ferreira).

O empresário Cleber Isaac Ferreira Soares, do Eco Resort e do Itacaré Village, é o novo secretário de Turismo de Itacaré. Nesta entrevista ao PIMENTA, ele aborda sua relação com o município que virou febre no turismo brasileiro, os projetos para a pasta e afirma acreditar que o prefeito Tonho de Anízio terá mais quatro anos de governo pela frente.
Cleber ressalta que Itacaré é o único destino do Nordeste que tem potencial “nota 10″ para o turismo rural, ecoturismo e turismo de praia. Ele também aposta na sinergia Ilhéus-Itacaré.
-  Essa sinergia e a capacidade de reação do prefeito Antônio de Anízio vão transformar este eixo até o final do seu segundo governo no melhor destino do Nordeste para um turismo inteligente e não-massivo.




Confira a entrevista direto do Pimenta na Muqueca.
PIMENTA – Qual é sua relação com Itacaré?
Cleber Isaac Soares - Minha família está em Itacaré há um século e meio. Eu nasci em Salvador e moro em Itacará há 15 anos. Depois de formado, resolvi aproveitar o potencial das propriedades da família na região. Fomos pioneiros no Brasil na implantação de resort-condomínios com o Villas de São José, em 1999.
Como se deu sua ida para a Secretaria de Turismo de Itacaré?
Pelo lado político, agradeço a confiança depositada pelo prefeito Antonio de Anízio, que terá em mim um soldado a serviço de seu projeto. Acredito que o prefeito, que acompanha tudo no município, sabe  do nosso potencial logrado em outras áreas relacionadas também ao turismo. Mas o convite veio principalmente pelo lado técnico – e assim pretendo atuar -, após o afastamento de Diana Quadros por razões pessoais, no final do ano passado. Ela deixa uma secretaria bem-estruturada e uma equipe técnica de qualidade.
Fale de suas experiências nesse setor.
Para mim, o mais importante foi o que citei no início, o Villas de São José, projeto que trouxe para o destino Itacaré pessoas famosas e de alto poder aquisitivo, despertando mundialmente o interesse por conhecer Itacaré. Fui fundador e presidente do Instituto de Turismo de Itacaré, em 2005,  ajudamos no processo de implantação do Conselho de Turismo em 2009, implantamos e operacionalizamos os hotéis Eco Resort e Itacaré Village, ambos situados no condomínio Villas de São José, e idealizamos o projeto Vilas do Rio de Contas, que visa o desenvolvimento do ecoturismo do Rio de Contas em Itacaré.


"Temos ideias e projetos para curto, médio e longo prazos."

O senhor assume a pasta e já com um projeto para o setor?
Temos ideias e projetos para curto, médio e longo prazos. Tomo a liberdade de incluir o segundo governo de Antônio de Anízio. A princípio, citarei alguns dos projetos que estamos amadurecendo e pretendemos expor ao prefeito e toda sua equipe e aos colegas secretários para que possamos fazer um trabalho em conjunto.



De toda essa experiência e vivência do turismo em Itacaré, quais projetos o senhor encara como fundamentais?
De forma resumida, pensamos em ações de interiorização do turismo, estimulando o turismo de aventura (rafting, rapel e a tirolesa), a inclusão social com agricultores familiares fornecendo produção para pousadas e restaurantes da cidade, o incremento de ações na área de segurança em parceria com o setor privado (videomonitoramento e rádio), projeto de saneamento e a criação de uma agenda de grandes eventos musicais para o destino. Mas gostaríamos de frisar que todas estas iniciativas só resultarão em sucesso se todos comprarem a ideia e participarem.
Itacaré é vista como um paraíso por gente de todo o mundo, mas ainda tem desafios a enfrentar nas áreas social e ambiental, por exemplo. Como superá-los?
Como um desafio possível de ser enfrentado, por termos o apoio do prefeito e sua equipe e do empresariado local. As soluções já foram testadas em destinos como Parati, Búzios, Ouro Preto, Bonito e Fernando de Noronha, para citar apenas destinos nacionais, mas a Costa Rica é o país que teve maior êxito na aplicação de turismo ecológico e rural para ter o verdadeiro desenvolvimento. Nunca esquecerei o que aprendi neste país, in loco.
Como alguém com perfil empresarial pode colaborar com o desenvolvimento de políticas públicas para o turismo?
A cabeça de empresário me dá a facilidade para trazer os colegas para apoiar as políticas públicas – seja em parcerias públicas ou apoios institucionais, em especial com os empresários ligados ao ITI,  que têm uma visão estratégica de longo prazo do destino. Além disso, a eficiência e eficácia da vida empresarial me dá o senso de urgência necessário para gerar os resultados pelos quais o prefeito me incumbiu.
"Itacaré é o único destino nordestino que tem potencial nota 10 para turismo rural, ecoturismo e turismo de praia"

Como o senhor vê o futuro do turismo em Itacaré?  Quais são as tendências para o setor nesta cidade?
Itacaré é o único destino nordestino que tem potencial nota 10 para turismo rural, ecoturismo e turismo de praia – comparado apenas a Parati. Ao mesmo tempo, está ao lado de Ilhéus, que tem o maior potencial do Brasil (ainda não explorado em seu potencial máximo) para o destino cultural, em especial com a refilmagem de Gabriela, 100 anos de Jorge Amado.  Essa sinergia Ilhéus–Itacaré e a capacidade de reação do prefeito Antônio de Anízio vão transformar este eixo até o final do seu segundo governo no melhor destino do Nordeste para um turismo inteligente e não-massivo.
O senhor já pensou em ser prefeito de Itacaré. Os projetos políticos continuam?
Minha pretensão política é clara: apoiar Antonio de Anízio para fazer a melhor gestão possível nos próximos 5 anos e colocar Itacaré no patamar que merece. O restante será consequência.
O poder público local entende a importância do turismo?
Hoje, sim, e a prova é que Itacaré nunca teve uma Secretaria de Turismo com sede, gerente de cultura, gerente administrativa, gerente de eventos… Nos governo anteriores não existia nem uma mesa para a secretaria nem uma cadeira. Antes, o secretário de Administração dispunha de parte de seu tempo para o turismo com as dificuldades que esta falta de exclusividade gera.

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