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11/11/2011

Ferrovia Oeste Leste: obras continuam aceleradas


As obras de construção da Ferrovia de Integração Oeste Leste (Fiol), no trecho compreendido entre Caetité e Ilhéus, na Bahia, com extensão de 537 quilômetros, vão ganhar um novo impulso e possibilitar a retomada de novos postos de trabalho com a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), divulgada ontem (10), que revogou a medida cautelar determinando a suspensão da medição e pagamento dos dormentes e acessórios fornecidos pelas empresas contratadas em razão de preços fixados acima do valor de mercado, apenas no lote 5.
A decisão revista pelo TCU recomenda à Valec – Engenharia, Construções e Ferrovias, estatal que administra as obras da Fiol, a renegociação dos preços dos dormentes contratados com base nos novos valores definidos pelo órgão. A Valec tem, agora, 90 dias para informar ao Tribunal o resultado das negociações com as empresas contratadas.
A Valec, que já está negociando com as empresas, estima concluir o primeiro trecho da Fiol, entre Caetité e Ilhéus (lotes de 1 a 4, cujas obras estão em ritmo acelar4ado), no primeiro semestre de 2014. No quinto lote da ferrovia, que compreende o trecho entre Caetité e o oeste baiano, a Valec está refazendo o traçado da linha férrea por recomendação do Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, uma vez que o traçado original passa por cavernas nos municípios de Barreiras, São Félix do Coribe, Santa Maria da Vitória e São Desidério. Por conta da alteração, a previsão da Valec é que esse trecho fique pronto no final de 2015.
Uma das principais obras do Programa de Aceleração do Crescimento, do governo federal, a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), que ligará Ilhéus, na Bahia, a Figueirópolis, no estado do Tocantins, terá uma extensão total de 1.527 km, dos quais aproximadamente 1.100 km na Bahia, com investimentos estimados em R$ 6 bilhões, e vai transformar-se no eixo ferroviário horizontal do país.
No litoral sul baiano, no município de Ilhéus, na localidade de Aritaguá, a linha férrea se interligará ao Porto Sul, para onde será escoada toda a produção agrícola do oeste baiano (soja, farelo de soja e milho), além de fertilizantes, combustíveis e minério de ferro.
Impacto positivo – A construção da ferrovia e a sua interligação com o Porto Sul trarão um grande impacto logístico à região oeste da Bahia e aos estados do Norte e Nordeste do País..
Além do escoamento da produção do oeste baiano – a nova fronteira agrícola do País –, da redução dos custos dos insumos e do aumento da competitividade do agronegócio, a linha férrea promoverá a integração do pólo mais desenvolvido e habitado do Estado, ao longo do litoral da Bahia, reduzindo a pressão e o impacto sobre o meio ambiente na área. “Serão criados novos pólos agroindustriais no interior do Estado”, avalia o coordenador da Casa Civil, Álvaro Lemos Britto.
Outro fator importante para o desenvolvimento das regiões afastadas dos grandes centros urbanos e industriais, segundo ele, é que a Fiol ligará o Tocantins a outras regiões do país por meio da interligação com a Ferrovia Norte-Sul.

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"Há hoje em curso um movimento orquestrado pelo egoísmo onde grandes empresas nacionais e estrangeiras, somam grandes áreas, expulsando aos poucos, os pequenos produtores familiares, através da aparente legalização da compra de terras. E não é só no mundo do agronegócio mas também no imobiliário litorâneo."