Noite de brinde para descoberta bilionária
A capacidade que tem o geólogo baiano João Carlos Cavalcanti para agitar a mídia internacional com informações bombásticas sobre minérios parece sem limites. Há três anos ganhou página inteira no prestigiado New York Times para contar o resultado da descoberta do cinturão de ferro de Caitité. Tanto minério que o colocou no clube dos bilionários internacionais, e dono de casa de R$ 15 milhões nos arredores de Salvador.
Dessa vez, a noticia não é menos fantástica. Tão bombástica que o empresário passou a noite de anteontem comemorando no “Restaurante Amado”, com a mulher, a mecenas de solidariedade Renilce Cavalcanti, e o filho, o empresário hoteleiro Rodrigo Cavalcanti. “Acabamos de confirmar que na Bahia, na região de Jequié, temos fabulosas minas de terras-raras, com um percentual enorme de cérios”, brindou.
Dessa vez, a noticia não é menos fantástica. Tão bombástica que o empresário passou a noite de anteontem comemorando no “Restaurante Amado”, com a mulher, a mecenas de solidariedade Renilce Cavalcanti, e o filho, o empresário hoteleiro Rodrigo Cavalcanti. “Acabamos de confirmar que na Bahia, na região de Jequié, temos fabulosas minas de terras-raras, com um percentual enorme de cérios”, brindou.
China controla
A notícia não foi divulgada no Brasil, mas já teria rendido a Cavalcanti espaço na mídia internacional. “Uma revista alemã acaba de me entrevistar e vai sair reportagem especial sobre esta descoberta”, deixou escapar, sem revelar detalhes sobre a revista. Apesar do segredo, o interesse internacional tem sentido. Os chamados minerais terras-raras são assunto de uma disputa bombástica entre a China e vários gigantes da economia mundial, como o Japão e Estados Unidos.
Para o leigo, os metais terras-raras podem ser descritos como o material que entra na fabricação dos iPods, carros híbridos, fibras óticas em geral, e principalmente na composição de várias peças dos trens-balas. Para a economia mundial, uma disputa futura que vai substituir a atual guerra do petróleo.
Para o leigo, os metais terras-raras podem ser descritos como o material que entra na fabricação dos iPods, carros híbridos, fibras óticas em geral, e principalmente na composição de várias peças dos trens-balas. Para a economia mundial, uma disputa futura que vai substituir a atual guerra do petróleo.
Japão esperneia
Uma reportagem especial do jornal “O Estado de São Paulo”, há duas semanas, mostrou bem porque o baiano João Carlos Cavalcanti pode agora comemorar. Foram informações de que a China colocara 11 minas de terras raras sob o controle do Estado. O país produz 95 por cento dos minerais terras rãs do mundo e quer tirar proveito. O mesmo jornal publicara há dois meses que o Japão andou esperneando porque recebia menos minerais da China.
A reclamação japonesa tem sentido. O Japão é o paraíso dos fabricantes de novas bugigangas tecnológicas e, sem o material chinês, vira o caos. A produção mundial de celulares, iPods e todas as tralhas que até os camelôs baianos vendem estariam seriamente ameaçadas. Mais um brinde a Cavalcanti.
Uma reportagem especial do jornal “O Estado de São Paulo”, há duas semanas, mostrou bem porque o baiano João Carlos Cavalcanti pode agora comemorar. Foram informações de que a China colocara 11 minas de terras raras sob o controle do Estado. O país produz 95 por cento dos minerais terras rãs do mundo e quer tirar proveito. O mesmo jornal publicara há dois meses que o Japão andou esperneando porque recebia menos minerais da China.
A reclamação japonesa tem sentido. O Japão é o paraíso dos fabricantes de novas bugigangas tecnológicas e, sem o material chinês, vira o caos. A produção mundial de celulares, iPods e todas as tralhas que até os camelôs baianos vendem estariam seriamente ameaçadas. Mais um brinde a Cavalcanti.
Por Valdemir Santana –Tribuna da Bahia