O COESO – COMITÊ DE ENTIDADES SOCIAIS EM DEFESA DE ILHÉUS E REGIÃO, representado pelos sindicalistas Emmerson Gomes Tavares e Aldircemiro F. Duarte Luz(Mirinho) e pelo líder comunitário Humberto Araújo entregou ao Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao Governador Jaques Wagner um documento contendo uma pauta de reivindicações importantes e emergentes para toda a mesorregião sul bahiano,  na qual estão contidas as microrregiões de Ilhéus/Itabuna, de Porto Seguro e de Valença, congregando ao todo, 70 municípios.
Todos os pleitos estão intimamente ligados ao Porto Sul, porque trata da logística de transporte.
1 – O COESO destacou como importante a imediata execução da cantada e decantada duplicação da BR 415 que liga Ilhéus/Itabuna e permitirá a construção de um semi anel viário na entrada de Ilhéus e outro ligando a BR101 ao porto, separando o transporte de carga, do de turismo que se desloca no sentido Ilhéus/Itabuna, facilitando a visitação do povo mineiro ao litoral, tendo em vista que essa rodovia interligará a Bahia ao Norte de Minas Gerais.
2 –  Solicitou providencias imediatas contra o imobilismo da CODEBA que considera portos baianos apenas os de Salvador e o de Aratu, descartando o porto de Ilhéus dos investimentos que ao longo dos anos vem sendo reclamados pelos operadores e operários portuários, oportunizando que portos de outros Estados concorram em condições de vantagens para escoamento, atualmente de 35% de toda a produção gerado em solo baiano, refletindo, inclusive, como prejuízos, na arrecadação de impostos em favor da Bahia.
Foram consideradas como emergentes para o COESO, as obras do Porto de Ilhéus,  abaixo elencadas:
· Recuperação da profundidade do canal de acesso a bacia de evolução, trazendo o número oficial de 10 metros, porquanto, atualmente encontra-se abaixo de 9,0 metros;
· Implemento de uma política de tarifas incentivadas, evitando a evasão de mercadorias do Estado da Bahia para serem escoadas por portos de outros Estados, como os de Vitória do Espírito Santo, Paranaguá e Santos;
· Posicionamento contra a política predatória de preços do Terminal Privativo de Cotegipe – TPC, que foi concedido para movimentar carga própria, podendo utilizar as suas instalações com cargas de terceiros, desde que em número considerado acessório, no entanto, escancaradamente, em conivência com a omissão das autoridades competentes, movimenta, atualmente, mais de 1.000 toneladas de soja retiradas do porto de Ilhéus;
· Manutenção dos equipamentos que estão sendo sucateados pelo desgaste do tempo;
· Modernização do Porto de Ilhéus para servir de aparato logístico portuário a uma área de mais de 1.000 km  de costa, apoiando as indústrias aí instaladas, servindo de vetor para atração de novas indústrias;
O Porto de Ilhéus em funcionamento regular servirá de suporte durante e depois das implantações dos empreendimentos PORTO SUL, FERROVIA, AEROPORTO E ZPE, tanto na recepção de materiais e equipamentos, quanto com o escoamento futuro das produções da ZPE que não serão movimentadas pelo PORTO SUL.
3 – No que diz respeito ao Complexo Intermodal, o COESO solicitou  aceleração das obras do aeroporto internacional, que decisivamente contribuirá para com o soerguimento  regional, como vetor para o turismo internacional, de lazer e de negócios, além de servir como meio de transporte de cargas de importação para o pólo de informática e exportação de frutas, pescados, além de outras cargas.
Solicitou, também, a disponibilização de técnicos para assessorar nos estudos e gestões junto ao IBAMA para o alcance do processo de avaliação das licenças ambientais para implantação dos projetos ligados à implantação do PORTO SUL.
4 – No tocante ao PORTO SUL especificamente, o COESO assegurou que a liberação da licença ambiental para a execução das obras da ferrovia de integração oeste/leste – trecho Caitité/Ilhéus, traz segurança quanto a consolidação do projeto intermodal, contudo, a demora do IBAMA na avaliação para a concessão da licença  de implantação do terminal de embarque da BAMIN, integrante do Porto sul, preocupa a região, porque essa morosidade vem retardando o processo de capacitação dos futuros candidatos aos preenchimentos das vagas de empregos que serão gerados com a sua implantação e de outras empresas que serão instaladas em conseqüência desse empreendimento.
O documento retrata o quadro de penúria com o qual se depara a região, marcada pelo desemprego, pela violência e pelo êxodo dos mais jovens que buscam em outros centros as condições dignas de sobrevivência, bem assim, da desesperança daqueles que não se atreveram a seguir pelo caminho dessa busca, justamente, por não terem mão de obra qualificada e, assim, aqui permanecem e envelhecem depressivos e inseridos no contexto dos quase 30 mil desempregados, em se tratando do município de Ilhéus.
Seguindo essa linha de raciocínio o COESO expôs ao Presidente LULA que a demora do IBAMA em conceder a licença ambiental para o inicio das obras de implantação do terminal de embarque da BAMIN tem sido a razão do retardamento do processo de capacitação daqueles que desempregados em nossa região, anseiam por empregos, trabalho e condições de sobreviverem com dignidade.
Nesse norte, pautado na liberação da licença ambiental para a construção da ferrovia oeste/leste, o COESO assegura não fazer sentido essa demora do IBAMA, porque uma complementa a outra obra.
Foi entregue uma cópia do documento ao Governador Jaques Wagner, mesmo porque a solução para a problemática do Porto de Ilhéus dependerá da sua efetiva participação, junto à CODEBA.
Por fim, convicto de que o Presidente LULA continuará desenvolvendo um papel de fundamental importância no contexto nacional e internacional, O COESO solicitou dele, para que continue sendo um defensor das reivindicações da nossa região, bem como o nosso porta-voz junto a Exma. Sra. Presidente Dilma Roussef, principalmente, no que diz respeito a celeridade das obras do Complexo Intermodal. E ele abraçou a proposta.
O COESO continuará confiando em LULA e torce pelo seu retorno, BREVE.