Os desastres naturais da região serrana do Rio de Janeiro, mostra claramente como deve se portar os moradores e gestores públicos das demais regiões do País.
O ser humano interfere no meio e se coloca em risco, com a concordância e às vezes o incentivo eleitoreiro das autoridades que comandam a cidade. Nos últimos 30 anos Ilhéus tem sofrido com crescimento populacional sem planejamento. Os manguezais de vários pontos do municipio que já foi motivo de várias matérias não só deste Blog como os demais meios de informação desta região. O exemplo dos manguezais de Teotônio Vilela, Rua do Mosquito, Rua da Paz, São Domingos, Vila Lidia, Barra, São Miguel, Mamoã (mais recente), Nelson Costa, Ilhéus II, todos as claras com a conivência dos poderes constituídos. Outro exemplo são os morros de Ilhéus, prato feito para campanhas eleitoreiras, que continuam numa situação delicada de risco, sujeitos a deslizamentos, muitos ocupados de forma irregular.
O maior absurdo de invasão esta no novo Mamoã |
O Bairro Teotônio Vilela -Descaso dos Poderes |
Os fenômenos naturais que acabam em deslizamento de terras em morros por causa de fortes chuvas, as enchentes, a invasão das águas nas partes mais baixas que acompanham o leito dos rios, sempre existiram na natureza e sempre existirão! O que o povo precisa é ter bom senso e aprender a valorizar mais a própria vida. O poder público pode orientar e coibir, mas o povo tem que ter a consciência que está no local indevido, no caminho da natureza e onde quer que o ser humano adentre, modifica o ambiente de forma a agravar ainda mais estes fenômenos! A permissividade por pessoas ocuparem essas áreas há tanto tempo (e no mundo todo) precisa ser revista assim como o deslocamento dessa população, tudo isso não está ligado a um único governante, partido ou pessoa…é necessário até mesmo a reformulação das grades de aula e disciplinas nas escolas para que introduzam conteúdos educativos ligados a essas informações para que as pessoas possam mudar! (extraído do comentário Enviado por: Fabíola, no blog do Estadão).
A maioria esmagadora dos municípios brasileiros não possui um Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e aqueles que possuem não o colocam em prática. As cidades crescem de forma caótica, não há mapeamento de áreas de risco, não há plano para situações emergenciais. É o vale tudo. A responsabilidade por todas essas ações é da municipalidade, ou seja, dos Prefeitos e Vereadores. A população precisa ter esse esclarecimento para poder exigir, cobrar essas ações por parte dos prefeitos e vereadores que elegem. A liberação das verbas alocadas pelo governo federal para ações preventivas em áreas de risco urbano só podem ser liberadas (segundo a lei) mediante a apresentação de projetos apresentados pelas prefeituras. Se as prefeituras não priorizam esse tipo de ação, as tais verbas não chegam aos municípios. Dai a importância de que a população tenha conhecimento disso e possa cobrar. Tragédias como essa que ocorreu no Rio, deveriam servir de exemplo para que outros municípios brasileiros não venham a passar por situação similar.(comentário de Margarida no post do Estadão).
As catástrofes são resultados de uma equação simples:
CHUVAS + OCUPAÇÃO DESORDENADA + OMISSÃO POLÍTICA.
- Qual o político que tem coragem de assumir o ônus de uma remoção definitiva da população dessas áreas de risco?
- Mais fácil executar uma pseudo urbanização destas áreas, com obras de proteção paliativas, e com isso angariar simpatia e votos de seus moradores. “ Comentário do leitor Sergio Edu Silva”.
Empresários também invadem áreas proibidas-Exemplo Motel no Cururupe |