(entenda melhor visitando os links recomendados)
Aqui inicia a polêmica dia 14/11:
(http://www.blogdogusmao.com.br/v1/2010/11/14/costa-rica-o-modelo-ideal-para-o-sul-da-bahia/)
Em seguida no dia 15/11, a revista Digital Envolverde lança o editorial abaixo:
(http://www.envolverde.com.br/materia.php?cod=83497&edt)
Costa Rica de Cara Suja
Por Daniel Zueras
A proteção da biodiversidade sintetiza o debate sobre a vocação ambiental da Costa Rica.
Quando se fala da Costa Rica, muitos pensam em um país que respeita a natureza. No entanto, os ambientalistas costarriquenhos não dizem o mesmo, e listam as ações que contradizem essa imagem de exportação. A mineração a céu aberto, a contaminação dos rios e uma reprimenda internacional pela escassa proteção de mangues dão força às essas críticas.
A não governamental Rede Mundial de Mangues (WWN) puniu a Costa Rica, em outubro, com o prêmio Globo Cinza para a região dos neotrópicos, por seu deficiente trabalho na proteção de Praia Caletas, na província de Guanacaste. O debate sobre a verdadeira vocação ecologista da Costa Rica começou há vários anos, quando o governo outorgou por decreto à empresa canadense Infinito Gold a concessão para explorar a mineração de ouro a céu aberto em Crucitas, na província de Alajuela.
Hoje o projeto está paralisado à espera de uma resolução da Sala Constitucional do Supremo Tribunal de Justiça sobre a legalidade do decreto. A polêmica está vigente. No dia 8 de outubro, 14 pessoas iniciaram uma greve de fome diante da Casa da Presidência para pedir a retirada desse decreto. A medida foi levantada no dia 4, quando o último grevista teve que desistir por razões de saúde.
A mineração nessa área afeta o hábitat da arara verde (Ara ambigua), em risco de extinção pelo corte de florestas de amendoeira amarela, onde habita esta ave emblemática. Além disso, a área integra um importante corredor de aves migratórias da América Central. A presidente Laura Chinchilla assinou, no mesmo dia de sua posse, 8 de maio, decreto suspendendo a mineração a céu aberto e deixou o caso específico de Crucitas nas mãos dos tribunais. Seu antecessor, Óscar Arias (1986-1990 e 2006-2010), havia declarado este projeto de “interesse nacional”.
(http://seashepherd.org.br/para-onde-foram-todas-as-tartarugas/).
Para onde foram todas as tartarugas?
Comentário por Capitão Paul Watson
Para onde foram todas as tartarugas? Podíamos começar perguntando ao governo da Costa Rica. A Costa Rica tem a imerecida reputação de ser uma nação ecologicamente consciente e preocupada. Grande relações públicas, mas é tudo uma mentira fabricada.
Tenho lidado com as questões de conservação na Costa Rica desde 1989, quando a Sea Shepherd Conservation Society primeiro perseguiu os caçadores ilegais fora das águas do Parque Nacional da Ilha de Cocos. Desde então, eu me encontrei com políticos e autoridades da Costa Rica, forneci aos guardas florestais de Cocos suprimentos e equipamentos, e encerramos algumas operações ilegais de caça aos tubarões, e envolvemos a Guarda Costeira de Costa Rica em um confronto em alto-mar.
O fato é que apesar da Costa Rica alegar o contrário, o país é o mais notório na remoção das barbatanas de tubarão na América Central e do Sul. O uso de agrotóxicos nas plantações de banana e café mata centenas de milhares de aves anualmente. E como essas fotos ilustram muito dramaticamente, os costarriquenhos saqueam ovos de tartarugas marinhas, o que contribui grandemente para a diminuição dessas criaturas valiosas e belas.
O que essas pessoas nas praias da Costa Rica estão fazendo é criminoso. Cada um deles é um soldado na guerra contra a natureza e, finalmente, contra os interesses dos nossos filhos e nossos mesmos.
O Conselho de Turismo da Costa Rica reagiu a estas fotografias, dizendo que “as imagens realmente representam um modelo de desenvolvimento sustentável” e que a colheita de ovos de tartaruga-marinha tem a aprovação do governo da Costa Rica. De acordo com o Conselho de Turismo da Costa Rica, muitos dos ovos seriam destruídos pelas próprias tartarugas ao retornarem para o mar, então essas pessoas estão simplesmente colhendo os ovos que seriam destruídos pelas tartarugas mães. O Conselho de Turismo da Costa Rica afirma que isso representa uma utilização “racional” dos ovos de tartaruga. Conta outra!Em outras palavras – deixar as pobres tartarugas por si só, e deixar suas ridículas palavras como “sustentável” e “uso racional” fora do assunto. Não há nada de sustentável em roubar ovos, não importa o quão estúpido esses putos de relações públicas pensam que somos.
Reflexão
Caro Professor
Nos últimos tempos, depois que anunciaram o complexo Intermodal, V.S.a vem a todo custo impor um novo destino;uma nova economia, novos hábitos, desde quando seja compatível com sua linha de pensamento ou visão e ou ainda com outras influências…Dantes não havia estes questionamentos e nem estas preocupações, hoje a mídia a todo instante trás uma novidade contra o Complexo Intermodal Porto Sul.
Mas fico preocupado quando aqui o Sr. vem apresentar modelos como se fosse fácil de chegar em algum lugar e dizer – “olha minha gente daqui para a frente usaremos o modelo tal, pois esta dando certo em determinada região e seria ideal para nós.
O Sr. como professor deveria saber que um modelo econômico tem uma relação de direta com a história, a vida das pessoas que nela habita. Não se constrói um modelo de um dia para o outro, não se muda costumes, traços sociais e cultura. Sinto muito pela sua ingenuidade.
E por favor, seja mais cauteloso ao buscar um modelo para nossa região!
Ed Ferreira