“Estamos oferecendo ao planeta esta oportunidade de exercer seu compromisso, sua co-responsabilidade com a mudança climática e com a biodiversidade”, afirmou a ministra equatoriana do Patrimônio, Maria Fernanda Espinosa, ao defender a reserva petrolífera do país na Amazônia (o Equador tem em tal atividade sua maior fonte de arrecadação).
Para Espinosa, caso não haja contribuição financeira da comunidade internacional para tal preservação (principalmente como financiamento para descoberta de fontes alternativas de energia) o país poderá dar inicio a exploração da reserva em questão – que tem 20% localizada no Parque Nacional Yasuní, uma das zonas de maior biodiversidade do mundo.
Administrados pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), os recursos em questão devem ser investidos não somente na busca de novas matrizes energéticas mas também nas preservações tanto de bosques quanto de comunidades indígenas do Equador. Até o momento apenas Chile, Espanha e Itália colaboraram, o que gerou US$ 38 milhões aos cofres do país.
Caso a verba internacional não chegue, o que revela quem são os verdadeiros interessados no futuro comum sem maiores desigualdades e mais harmônico, as 400 milhões de toneladas métricas de dióxido de carbonos poupados poderão, brevemente, tomar nossas narinas, pele, poros. Afinal de contas, queremos realmente um ambiente solidário para as novas gerações? Passa conferência climática em Cancún e tudo na mesma ou de mal a pior.
Por: Nilmar Barcelos