7 de janeiro de 2010
por Ethevaldo Siqueira
por Ethevaldo Siqueira
Já são dois exoplanetas que podem abrigar vida. De forma bem humorada, alguns jornalistas já os apelidaram de Terra 2.0 e Pandora-2. O primeiro deles é o exoplaneta Gliese 581g, nome codificado do planeta descoberto em outro sistema solar (daí o nome exoplaneta) em setembro de 2010, e situado numa faixa habitável de sua estrela. Do tamanho da Terra, ele gira numa órbita que lhe permite, em princípio, conter água líquida e, provavelmente, alguma forma de vida.
O segundo e, talvez ainda mais importante, é o exoplaneta GJ 1214b, descoberto em 2009 graças aos recursos do telescópio ESO Very Large Telescope, situado no Chile, e que foi estudado quando passava diante de sua estrela-mãe. O exoplaneta GJ 1214b tem um raio de 2,6 vezes o da Terra e sua massa é 6,5 vezes superior, o que lhe dá a classificação de Super-Terra (Super-Earth). Sua estrela central está situada a 40 anos-luz da Terra na constelação do Serpentário.
Essa mancha escura circular
é o GJ 1214b, ao passar em frente
à sua estrela-mãe, em concepção artística
(Ilustração Spacedaily)
é o GJ 1214b, ao passar em frente
à sua estrela-mãe, em concepção artística
(Ilustração Spacedaily)
Os resultados desse estudo foram publicados na edição de 2 de dezembro da revista Nature. Os astrônomos analisaram sua atmosfera, com os recursos daquele extraordinário telescópio, e o consideraram habitável. O planeta exibe espessas nuvens ou neblina. Essas eram as notícias que o mundo esperava há anos ou décadas para provar que não estamos sós no universo.
Um dos descobridores do primeiro exoplaneta – o Gliese 581g –, Steven Vogt, da Universidade da Califórnia em Santa Cruz, acredita firmemente na possibilidade de existência da vida nesse planeta: “Minha impressão pessoal é de que as chances de que esse planeta tenha vida são de 100%”. Mas outros astrônomos duvidam, como é o caso de Francesco Pepe, do Observatório de Genebra, e sua equipe. O tempo dirá quem tem razão.
O mais interessante nesse campo de pesquisas é o número a cada ano maior de estrelas semelhantes ao nosso Sol, com planetas que giram em torno delas. Já passam de 30 os “sistemas solares” desse tipo.
Imagem capturada do site www.inovacaotecnologica.com.br