A vitória de Fernando
Haddad em São Paulo desequilibrou o cenário de poder nos municípios
brasileiros a favor do PT. O partido passa a governar cerca de 27
milhões de eleitores, 7 milhões a mais do que obteve há quatro anos.
Além disso, terá um orçamento anual conjunto de R$ 77,7 bilhões para
administrar, sendo 41,6% desse valor na capital paulista. No conjunto de
83 municípios com mais de 200 mil eleitores o PT recuou, mas continua
com a maior parcela.
O PMDB, que em 2008 havia conquistado o maior número de eleitores e o maior volume de recursos, perdeu parte de seu poder. Tinha 28,4 milhões de eleitores e agora terá 22,8 milhões. Administrava 22,7% das receitas e agora vai ficar com 17,6%. O PSB, liderado pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos, foi o partido que mais avançou.
Sem a Prefeitura de São Paulo desde o ano passado, com a migração do prefeito Gilberto Kassab para o recém-criado PSD, o DEM foi o partido que mais recuou na divisão do bolo orçamentário. Dos 15,6% obtidos em 2008, o partido recuou para 3,8%, ou R$ 12,9 bilhões. Desse total, 28% serão geridos pelo novo prefeito de Salvador, ACM Neto. O PSD obteve nas urnas 5,5% dos orçamentos municipais. O principal orçamento que irá administrar é o de Ribeirão Preto (SP), onde a prefeita Dárcy Vera se reelegeu. Ela administra um caixa de R$ 1,5 bilhão.
O desempenho eleitoral do PT amplia a coesão da legenda e aumenta o cacife do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas negociações partidárias com vistas à reeleição da presidente Dilma Rousseff.
As eleições municipais também redefiniram as forças para as disputas estaduais em 2014. O PSDB continua como o principal partido do Estado de São Paulo, mas o PT governará mais que o dobro do eleitorado dos tucanos. O partido também ganha força no Rio, onde o governador Sérgio Cabral foi derrotado nos principais municípios no segundo turno.
Páginas A9 a A28
Por Valor econômicoO PMDB, que em 2008 havia conquistado o maior número de eleitores e o maior volume de recursos, perdeu parte de seu poder. Tinha 28,4 milhões de eleitores e agora terá 22,8 milhões. Administrava 22,7% das receitas e agora vai ficar com 17,6%. O PSB, liderado pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos, foi o partido que mais avançou.
Sem a Prefeitura de São Paulo desde o ano passado, com a migração do prefeito Gilberto Kassab para o recém-criado PSD, o DEM foi o partido que mais recuou na divisão do bolo orçamentário. Dos 15,6% obtidos em 2008, o partido recuou para 3,8%, ou R$ 12,9 bilhões. Desse total, 28% serão geridos pelo novo prefeito de Salvador, ACM Neto. O PSD obteve nas urnas 5,5% dos orçamentos municipais. O principal orçamento que irá administrar é o de Ribeirão Preto (SP), onde a prefeita Dárcy Vera se reelegeu. Ela administra um caixa de R$ 1,5 bilhão.
O desempenho eleitoral do PT amplia a coesão da legenda e aumenta o cacife do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas negociações partidárias com vistas à reeleição da presidente Dilma Rousseff.
As eleições municipais também redefiniram as forças para as disputas estaduais em 2014. O PSDB continua como o principal partido do Estado de São Paulo, mas o PT governará mais que o dobro do eleitorado dos tucanos. O partido também ganha força no Rio, onde o governador Sérgio Cabral foi derrotado nos principais municípios no segundo turno.
Páginas A9 a A28